Mais de meio milhar de representantes laborais
em almoço da CDU

Os trabalhadores<br>podem decidir

Cerca de 550 «trabalhadores eleitos por trabalhadores para os representar e dirigir as suas organizações de classe», como os definiu Jerónimo de Sousa, participaram, sábado, 27, no Seixal, num almoço de apoio à Coligação PCP-PEV.

Está nas mãos dos trabalhadores e do povo dar força à CDU

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A iniciativa no pavilhão da Siderurgia Nacional não poderia ter sido realizada por outra força política. «As razões são várias, mas a fundamental reside no facto de nenhuma outra, para além do PCP e da CDU, considerar que a valorização do trabalho e dos trabalhadores é um eixo essencial de uma política alternativa, objecto e condição do desenvolvimento e do progresso social», referiu ainda o secretário-geral do PCP.

Efectivamente, ninguém além dos comunistas e dos seus aliados goza de tanta e tão genuína influência e simpatia no mundo do trabalho. Realce-se, além do mais, que ali não estiveram presentes todos os que já expressaram formalmente o seu apoio ao PCP-PEV, num total de 2014 dirigentes, delegados e activistas sindicais, informou, por seu lado, Francisco Lopes, do Secretariado do Comité Central do PCP.

Neste contexto, prosseguiu o também primeiro candidato da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, a quem coube a apresentação da iniciativa, «este almoço, com esta dimensão e ambiente, três semanas após a realização da grande marcha da CDU em Lisboa, é mais uma demonstração da confiança e da crescente mobilização para travar com êxito a importante batalha política das eleições para a Assembleia da República.»

Uma tão grande presença de representantes laborais significa, igualmente, «uma forte e oportuna tomada de posição sobre a situação dos trabalhadores e do povo». Simultaneamente, é «uma importante afirmação de repúdio (...) ao projecto do grande capital e dos seus representantes políticos de continuação da exploração, empobrecimento», acrescentou Francisco Lopes.

Antes de Jerónimo de Sousa encerrar o almoço-comício, tomaram a palavra Filipa Costa, Paula Bravo, João Torres e Arménio Carlos (ver caixa). Coube no entanto ao Secretário-geral do Partido e cabeça de lista da CDU no distrito de Lisboa reiterar a importância do sufrágio «na luta pela ruptura com a política de direita e pela concretização de uma política patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril».

Jerónimo de Sousa prosseguiu depois fazendo um esboço da brutal realidade económica e social do nosso povo e do nosso País. Sublinhou, em seguida, as responsabilidades dos sucessivos governos PS e PSD, com ou sem o CDS, e salientou as propostas e soluções protagonizadas pela CDU, insistindo que quem nos conduziu à situação de ruína e dependência não pode, nem com muita mistificação, reivindicar-se como solução para um Portugal com futuro.

Nesse sentido, defendeu que «está nas mãos dos trabalhadores e do povo dar força, com o seu apoio e o seu voto na CDU, à exigência de uma política que assegure direito à plena realização das suas vidas, promova a melhoria das suas condições de vida e afirme o seu direito soberano a decidir de acordo com os seus interesses e aspirações».


Demonstração de apoio,
compromisso de acção

«Não temos a memória curta nem esquecemos quem nos colocou neste buraco. São 38 anos de troika nacional – PS, PSD e CDS – a abrir caminho à generalização da precariedade e do desemprego. Uns são o pai dos contratos a prazo, outros a mãe dos recibos verdes. Uns introduziram o trabalho a tempo parcial, outros as empresas de aluguer de mão-de-obra.»

«Não abdicamos da justiça e progresso social, do emprego com direitos, onde a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato efectivo.

Filipa Costa

Membro da Direcção da Intejovem/CGTP-IN
e da Direcção Nacional da JCP

 

«De Dezembro de 2011 a Março de 2015 foram destruídos 70 544 mil postos de trabalho nos serviços públicos. Neste momento são mais de 85 mil os contratos a prazo e mais de 55 mil os contratos de emprego-inserção [na Administração Pública].»

«Os trabalhadores da Administração Pública fizeram 127 milhões de horas gratuitas e 1126 milhões de euros foram-lhes roubados pelo aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas.»

Paula Bravo

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
do Sul e Regiões Autónomas, e do Conselho Nacional da CGTP-IN

 

«As nossas responsabilidades enquanto representantes dos trabalhadores obrigam-nos a intervir, a tudo fazer para que os trabalhadores percebam que só concentrando os votos na CDU é possível romper com a política de direita, e que todos os votos nos outros partidos, PS incluído, são inúteis.»

«Bem podem estrebuchar alguns – «que sim, que o PS é de esquerda». Será que é de esquerda privatizar? Será que é de esquerda degradar a Administração Pública, [impor] a mobilidade e a PRACE, fechar escolas, maternidades e urgências? E aumentar as taxas moderadoras na Saúde, cortar no trabalho extraordinário, nas férias e nos feriados, reduzir as indemnizações por despedimento, impor banco de horas e adaptabilidade, será que algumas destas coisas é de esquerda? Não. Esta é a política de direita!»

João Torres

Membro da Comissão Executiva e do Conselho Nacional da CGTP-IN
e do Comité Central do PCP

 

«Aqui estamos um ano depois de um encontro com que iniciámos uma campanha que levou ao reforço da CDU e a uma das maiores derrotas da direita em eleições [para o Parlamento Europeu, em 2014]. Tal não foi obra do acaso. Foi resultado da luta persistente do PCP, da ID, de «Os Verdes» e de muitos independentes, mas também da CGTP-IN».

«Se não tivéssemos lutado, provavelmente não estaríamos perante um Governo que, em véspera de eleições e aproximando-se o Verão, tenta concretizar aquilo que a resistência dos trabalhadores e da população impediu.»

Arménio Carlos

Secretário-geral da CGTP-IN
e membro do Comité Central do PCP




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